segunda-feira, 24 de março de 2014

41.

Imaginei-te com a mãe natal
as duas comigo - nós os três.
Numa cama seria a fractura.
A factura: a polaridade mental
                      em perigo.
Chama-lhe mentira:
Construí-te poemas, sonhei contigo.
Olha que a mãe natal compreendeu.

O que és na realidade?
Os pormenores que penso verdadeiros:
Uma leoa na cama,
Nem sequer uma loba agora?
Faço dois cigarros de enrolar
sentado numa paragem de autocarro
e ofereço-lhe um à grande deusa
- aquela que nunca sairá
do resíduo no meu coração de gelo
ao qual dou calor.

'Muito calor a luas da sua qualidade e
a esta linda muchacha maia...
let her decante in me o resíduo que d'Ela ainda resta...'

Sólida como um tango, fandango
                                    whatever
é linda e eu...
que estou só para todo o sempre
o meu coração com um compartimento
para a nova que há-de-vir.

Está codificada a verdade
Todos estão ao corrente.
Que resta de ti em mim?
Já pouco preciso de ti.
Precisava de ti
                    há uma semana atrás.

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